
Estudo mostra que metade da população global ainda não tem acesso a água potável
A escassez de água potável é uma das maiores crises globais da atualidade. Um novo estudo alarmante revela que mais de 4,4 bilhões de pessoas – mais da metade da população mundial – não têm acesso seguro a água potável tratada.
Essa realidade, especialmente crítica em países de baixa e média renda, levanta um alerta sobre as graves consequências para a saúde pública e o desenvolvimento socioeconômico.
A pesquisa, publicada na renomada revista científica Science, utilizou dados de satélites e informações coletadas em residências, combinados com inteligência artificial, para mapear as áreas com acesso seguro e inseguro à água.
População sem água potável corre risco
Os resultados indicam que a maioria das pessoas sem acesso a serviços de água segura está exposta a um alto risco de contaminação fecal, o que pode causar doenças como cólera, disenteria e febre tifoide.
A pesquisadora-chefe Esther Greenwood, da ETH Zurich, enfatiza que os dados apresentados são conservadores, pois foram coletados em um único dia. A realidade, portanto, pode ser ainda mais grave.
As regiões mais afetadas são o Sul da Ásia, onde mais de 1,2 bilhão de pessoas não têm acesso à água potável segura, e a África Subsaariana, com mais de 80% da população vivendo nessa condição.
Causas e Consequências
As causas da crise hídrica são complexas e multifacetadas, incluindo o crescimento populacional, a urbanização acelerada, a industrialização, a agricultura intensiva e as mudanças climáticas.
As consequências são devastadoras, afetando a saúde, a educação, a economia e o meio ambiente. A falta de água potável aumenta o risco de doenças, impacta a produção de alimentos, limita o desenvolvimento econômico e agrava conflitos sociais.
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